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sábado, 28 de dezembro de 2013

OS BENEFÍCIOS DO PIRI-PIRI




Quem coloca o piri-piri ou jindungo no dia-a-dia está levando, além de tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, anti-inflamatório, xarope, vitaminas, benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos que agora estão sendo comprovados pela ciência.
O piri-piri ou jindungo faz bem à saúde e seu consumo é essencial para quem tem enxaqueca. Essa afirmação pode cair como uma surpresa para muitas pessoas que, até hoje, acham que o condimento ardido deve ser evitado.
O piri-piri ou jindungo traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de que provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas..
Nada disso é verdade. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o oposto!
A substância química que dá ao piri piri ou jindungo o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde.
No caso da pimenta-do-reino, o nome da substância é piperina.
No piri-piri ou jindungo, é a capsaicina.
Surpresa! Elas provocam a liberação de endorfinas – verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica!
O mecanismo é simples: Assim que você ingere um alimento apimentado, a capsaicina ou a piperina ativam receptores sensíveis na língua e na boca. Esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de que a sua boca estaria pegando fogo. Tal informação, gera, imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica húmido, tudo isso no intuito de refrescá-lo.
E tem mais: as substâncias picantes do piri-piri ou jindungo (capsaicina e piperina) melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago.
Possuem efeito carminativo (antiflatulência).
Estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente.
Existem cada vez mais estudos demonstrando a potente acção antioxidante (antienvelhecimento) da capsaicina e piperina.
Pesquisadores do mundo todo não param de descobrir que o piri-piri ou jindungo, tanto do género piper (pimenta-do-reino) como do capsicum (jindungo), tem qualidades farmacológicas importantes. Além dos princípios activos capsaicina e piperina, o condimento é muito rico em vitaminas A, E e C, ácido fólico, zinco e potássio. Tem, por isso, fortes propriedades antioxidantes e protetores do DNA celular.

Também contém bioflavonoides, pigmentos vegetais que previnem o câncer. Graças a essas vantagens, a planta já está classificada como alimento funcional, o que significa que, além de seus nutrientes, possui componentes que promovem e preservam a saúde.
Hoje ela é usada como matéria-prima para vários remédios que aliviam dores musculares e reumatismo, desordens gastrintestinais e na prevenção de arteriosclerose.
Apesar disso, muitas pessoas ainda têm receio de consumi-la, pois acreditam que possa causar mais mal do que bem.
Se você é uma delas, saiba que diversos estudos recentes têm revelado que o piri-piri ou jindungo não é um veneno nem mesmo para quem tem hemorróidas, gastrite ou hipertensão.

DOENÇAS QUE O PIRI-PIRI/JINDUNGO CURA E PREVINE

Baixa imunidade – O piri-piri ou jindungo tem sido aplicada em diversas partes do mundo no combate à SIDA (aids) com resultados promissores.
Câncer – Pesquisas nos Estados Unidos apontam a capacidade da capsaicina de inibir o crescimento de células de tumor maligno na próstata, sem causar toxicidade. Outro grupo de cientistas tratou seres humanos portadores de tumores pancreáticos malignos com doses desse mesmo princípio ativo. Depois de algum tempo constataram que houve redução de 50% dos tumores, sem afetação das células pancreáticas saudáveis ou efeitos colaterais. Já em Taiwan os médicos observaram a morte de células cancerosas do esôfago.
Depressão – A ingestão da iguaria aumenta a liberação de noradrenalina e adrenalina, responsáveis pelo nosso estado de alerta, que está associado tb à melhora do ânimo em pessoas deprimidas.
Enxaqueca– Provoca a libertação de endorfinas, analgésicos naturais potentes, que atenuam a dor.
Esquistossomose – A cubebina, extraída de um tipo de pimenta asiática, foi usada em uma substância semissintética por cientistas da Universidade de Franca e da Universidade de São Paulo. Depois do tratamento (que tem baixa toxicidade e, por isso, é mais seguro), a doença em cobaias foi eliminada.
Feridas abertas – É antisséptica, analgésico, cicatrizante e anti-hemorrágica quando o seu pó é colocado directamente sobre a pele machucada.
Gripes e resfriados – Tanto para o tratamento quanto para a prevenção dessas doenças, é comum recomendar a ingestão de um pequeno jindungo por dia, como se fosse uma pílula.
Hemorróidas – A capsaicina tem poder cicatrizante e já existem remédios com piri-piri ou jindungo para uso tópico.
Infecções – O alimento combate as bactérias, já que tem poder bacteriostático e bactericida, e não prejudica o sistema de defesa. Pelo contrário, até estimula a recuperação imunológica.
Males do coração – O piri-piri ou jindungo caiena tem sido apontada como capaz de interromper um ataque cardíaco em 30 segundos.. Ela contém componentes anticoagulantes que ajudam na desobstrução dos vasos sanguíneos e activam a circulação arterial.
Obesidade – Consumida nas refeições, ela estimula o organismo a diminuir o apetite nas seguintes. Um estudo revelou que o piri-piri ou jindungo derrete os estoques de energia acumulados em forma de gordura corporal. Além disso, aumenta a temperatura (termo génese  e, para dissipá-la, o organismo gasta mais calorias. As pesquisas indicam que cada grama queima 45 calorias.
Pressão alta – Como tem propriedades vaso dilatadoras, ajuda a regularizar a pressão arterial.
Fonte: Publicação de Manuel Dias no Forum Intemporal



domingo, 8 de dezembro de 2013

A agonia do colesterol





Nunca me convenci de que essa obsessão para abaixar o colesterol às custas de remédio aumentasse a longevidade de pessoas saudáveis.
Essa crença --que fez das estatinas o maior sucesso comercial da história da medicina-- tomou conta da cardiologia a partir de dois estudos observacionais: Seven Cities e Framingham, iniciados nos anos 1950.
Considerados tendenciosos por vários especialistas, o Seven Cities pretendeu demonstrar que os ataques cardíacos estariam ligados ao consumo de gordura animal, enquanto o Framingham concluiu que eles guardariam relação direta com o colesterol.
A partir dos anos 1980, o aparecimento das estatinas (drogas que reduzem os níveis de colesterol) abafou as vozes discordantes, e a classe médica foi tomada por um furor anticolesterol que contagiou a população. Hoje, todos se preocupam com os alimentos gordurosos e tratam com intimidade o "bom" (HDL) e o "mau" colesterol (LDL).
As diretrizes americanas publicadas em 2001 recomendavam manter o LDL abaixo de cem a qualquer preço. Ainda que fosse preciso quadruplicar a dose de estatina ou combiná-la com outras drogas, sem nenhuma evidência científica que justificasse tal conduta.
Apenas nos Estados Unidos, esse alvo absolutamente arbitrário fez o número de usuários de estatinas saltar de 13 milhões para 36 milhões. Nenhum estudo posterior, patrocinado ou não pela indústria, conseguiu demonstrar que essa estratégia fez cair a mortalidade por doença cardiovascular.
Cardiologistas radicais foram mais longe: o LDL deveria ser mantido abaixo de 70, alvo inacessível a mortais como você e eu. Seríamos tantos os candidatos ao tratamento, que sairia mais barato acrescentar estatina ao suprimento de água domiciliar, conforme sugeriu um eminente professor americano.
Pois bem. Depois de cinco anos de análises dos estudos mais recentes, a American Heart Association e a American College of Cardiology, entidades sem fins lucrativos, mas que recebem auxílios generosos da indústria farmacêutica, atualizaram as diretrizes de 2001.
Pasme, leitor de inteligência mediana como eu. Segundo elas, os níveis de colesterol não interessam mais.
Portanto, se seu LDL é alto não fique aflito para reduzi-lo: o risco de sofrer ataque cardíaco ou derrame cerebral não será modificado. Em português mais claro, esqueça tudo o que foi dito nos últimos 30 anos.
A indústria não sofrerá prejuízos, no entanto: as estatinas devem até ampliar sua participação no mercado. Agora serão prescritas para a multidão daqueles com mais de 7,5% de chance de sofrer ataque cardíaco ou derrame cerebral nos dez anos seguintes, risco calculado a partir de uma fórmula nova que já recebe críticas dos especialistas.
Se reduzir os níveis de colesterol não confere proteção, por que insistir nas estatinas? Porque elas têm ações anti-inflamatórias e estabilizadoras das placas de aterosclerose, que podem dificultar o desprendimento de coágulos capazes de obstruir artérias menores.
O argumento é consistente, mas qual o custo-benefício?
Recém-publicado no "British Medical Journal", um artigo baseado nos mesmos estudos avaliados pelas diretrizes mostrou que naqueles com menos de 20% de risco em dez anos as estatinas não reduzem o número de mortes nem de eventos mais graves. Nesse grupo seria necessário tratar 140 pessoas para evitar um caso de infarto do miocárdio ou de derrame cerebral não fatais.
Ou seja, 139 tomarão inutilmente medicamentos caros que em até 20% dos casos podem provocar dores musculares, problemas gastrointestinais, distúrbios de sono e de memória e disfunção erétil.
A indicação de estatina no diabetes e para quem já sofreu ataque cardíaco, por enquanto, resiste às críticas.
Se você, leitor com boa saúde, toma remédio para o colesterol, converse com seu médico, mas esteja certo de que ele conhece a literatura e leu com espírito crítico as 32 páginas das novas diretrizes citadas nesta coluna.
Preste atenção: mais de 80% dos ataques cardíacos ocorrem por conta do cigarro, vida sedentária, obesidade, pressão alta e diabetes. Imaginar ser possível evitá-los sentado na poltrona, às custas de uma pílula para abaixar o colesterol, é pensamento mágico.

Drauzio Varella é médico cancerologista. Por 20 anos dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer. Foi um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil e do trabalho em presídios, ao qual se dedica ainda hoje. É autor do livro "Estação Carandiru" (Companhia das Letras). Escreve aos sábados, a cada duas semanas, na versão impressa de "Ilustrada".

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

TENDINITE

Segundo os médicos e  fisioterapeutas a  tendinite é resultado do excesso de repetições e esforço intenso, levando a lesão e inflamação de um tendão, tecido que liga o músculo ao osso.
Como resultado, o tendão perde a sua elasticidade, gerando dor intensa e falta de força muscular na área afetada.
É uma condição muito comum em pessoas que realizam movimentos repetitivos para desempenhar a sua função e em atletas que realizam o mesmo movimento diversas vezes durante os treinos.
Os locais mais afetados são o ombro, mãos, cotovelo, punho, quadril, joelhos e tornozelo. Além disso, geralmente ocorre no membro que possui mais força e é usado mais repetidamente.
As causas das Tendinites propriamente ditas são variadas, e podem estar associadas à presença de muitas condições ou doenças, incluindo:
 Esforço físico intenso ou repetido;
 Traumas mecânicos
 Infecções
 Doenças reumatológicas
 Doenças do sistema imunológico
 Distúrbios metabólicos Iatrogenia
 Processos degenerativos das articulações
 Neuropatias que induzam alterações musculares
Quanto mais rápida a tendinite for diagnosticada e tratada, mais cedo serão recuperadas a força e a flexibilidade dos tendões lesionados. 
A sintomatologia das tendinites pode ser bastante variada, incluindo dor e inchaço (edema) de intensidade variável, bem como graus variados de dificuldade de movimento e diminuição de força muscular.
Esta doença, com tratamento adequado, deveria ser curada entre 3 e 28 dias.
Não deixe a dor atrapalhar o seu dia a dia.
Consulte um ortopedista e não se descuide...